Um advogado, de 38 anos, foi morto a tiros, na manhã desta terça-feira (15), no momento em que se aproximava do escritório onde trabalhava, na área central de Ipatinga, em MG. De acordo com a polícia, quem atirou contra Anderson Clayton Nunes Ferreira foi o ex-sogro dele, um policial reformado, de 62 anos.
Câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais flagraram o momento do crime. O suspeito, de boné claro, caminhava pela calçada, em frente ao local de trabalho do advogado. Quando a vítima se aproxima e reconhece o ex-sogro, ele começa a correr, mas é perseguida e atingida pelos disparos.
O militar reformado foi preso em flagrante e confessou o assassinato. Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime teria relação com a guarda do neto, filho do casal, que se separou há cerca de dois anos.
Segundo as investigações já levantadas pela PC, após a separação, a mulher se mudou para Joinville, em Santa Catarina, para viver com o pai e levou o filho com ela. Anderson teria entrado com um processo pedindo a guarda da criança e passou a receber ameaças do ex-sogro. O advogado chegou a pedir medida protetiva contra ele.
Para o Delegado responsável pelo caso, Marcelo Marino, a investigação preliminar aponta que o suspeito planejou o crime e veio de Joinville para assassinar Anderson. “As imagens demonstram isso. Não só as imagens, como as circunstâncias. Não se tratou de um crime praticado mediante a extrema violenta emoção. Foi um crime a sangue frio. Ele planejou. Ele disse que se não conseguisse resolver a guarda na justiça, que resolveria por meios próprios e ele resolveu fazer o que fez hoje. Ele queria riscar o Anderson do convívio familiar com o filho e isso motivou a prática do crime."
Para a Polícia Militar, o suspeito alegou que a motivação do assassinato estaria associada à uma suposta violência doméstica sofrida pela filha na época em que eles ainda eram casados.
“O autor nos informou que teria efetuado três disparos de arma de fogo contra a vítima, que seria um parente próximo dele, alegando que os fatos ocorreram por causa de atritos familiares que vêm se arrastando ao longo dos anos”, disse da Polícia Militar, Ramon Pires.
Após ser detido, o suspeito foi encaminhado para delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso, que segue em investigação.
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